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A importância da linguagem corporal na entrevista investigativa - s2 Consultoria

jun 19, 2017
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Ao receber uma denúncia de fraude ou assédio na sua empresa é preciso realizar uma entrevista investigativa com os envolvidos. A linguagem corporal será sua aliada na detecção de dissimulação e veracidade das respostas.

A Entrevista Investigativa Moderna utiliza técnicas aplicadas a potenciais suspeitos, denunciantes, testemunhas, vítimas, fornecedores ou outras fontes existentes, para obtenção de informações e determinação da veracidade dos fatos, a respeito de suspeitas, denúncias ou incidentes específicos nas organizações.

Dentre algumas destas técnicas utilizadas durante as entrevistas, estão o blefe e a interpretação da linguagem corporal. Porém, é preciso cuidado e muito conhecimento ao utilizá-las.

Em um artigo da Revista Empresários, Mário Júnior, especialista em Investigações Corporativas e Prevenção a Fraudes Organizacionais, falou sobre o risco de usar o blefe durante uma entrevista investigativa. É muito comum os entrevistadores acharem que este artifício é infalível e que a sua utilização trará a admissão do ato e, por consequência, a confissão. No entanto, o entrevistador pode acabar errando ao inventar determinada situação para encurralar o suspeito,quando não são tomados os devidos cuidados.

“Na minha experiência, a utilização errada de um blefe pode trazer sérios problemas à investigação e, principalmente, à reputação do trabalho e do entrevistador.”

Como usar o blefe na Entrevista Investigativa

A melhor maneira de utilizar o blefe durante a entrevista com um suspeito é trazendo situações ou processos que ainda não tenha controle. Ou seja, algo que ele fantasiará, ficando em dúvida se realmente aconteceu, pois nunca fiscalizou ou desconhece o processo/controle.

A sensação de risco e de descontrole criada por um blefe bem executado, gerará o pensamento no entrevistado de que algum rastro foi deixado ou até mesmo despertará o receio de que não foi tão cuidadoso como deveria. Consequentemente, alguém o denunciou ou a investigação o pegou/flagrou.

Clique aqui para assistir ao vídeo em que Mário Júnior fala sobre Entrevista Investigativa Moderna!

Outra técnica utilizada durante uma Entrevista Investigativa Moderna é a leitura e a interpretação da linguagem corporal, caracterizada como uma forma de comunicação não-verbal e que se dá, principalmente, a partir de gestos, postura, expressões faciais e movimento dos olhos.

De acordo com Albert Mehrabian, pioneiro em pesquisas sobre linguagem corporal, a mensagem na comunicação interpessoal é transferida na seguinte proporção:

– 7% – Verbal (somente palavras);

– 38% – Vocal (incluindo tom de voz, velocidade, ritmo, volume e entonação);

– 55% – Não – verbal (incluindo gestos, expressões faciais, postura e demais informações expressas sem palavras).

Como já dissemos em outro artigo sobre esse tema, é preciso ter cuidado ao utilizar a interpretação da linguagem corporal. Mais do que analisar os sinais isolados, o ideal é sempre identificar o contexto antes de realizar conclusões.  É preciso estabelecer o padrão natural de linguagem verbal e não-verbal do entrevistado, pois durante a entrevista as fugas deste padrão são considerados sinais de dissimulação, que deverão ser codificados em “verdade” ou “mentira”, com os questionamentos e análises adicionais.

Ou seja, se prender a uma ‘coçada no nariz’, sem analisar o contexto, a frequência, o ponto em que o sinal surge e concluir que o entrevistado está mentido, pode na realidade, ser um erro: a pessoa pode apenas estar gripada.

Exemplos de Interpretação da Linguagem Corporal

Mário Junior, em sua página no LinkedIn, analisou o Pronunciamento do Presidente Michel Temer, sobre a delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS.

A análise teve o objetivo de estimular o debate sobre a interpretação dos canais verbais e não-verbais de comunicação, baseado em metodologia científica que identifica possíveis sinais de dissimulação no pronunciamento do Presidente.

Veja alguns trechos analisados, separados por minutos:

00′ 34″ – “eu tentei conhecer, primeiramente, o conteúdo de gravações que me citam”. 00′ 45″ – “Solicitei, aliás, oficialmente, ao Supremo Tribunal Federal”.

Do ponto de vista verbal, a técnica diz que Temer indica comprometimento com o seu relato, pelo fato de usar o Pronome EU+VERBO no passado (eu tentei, eu solicitei).

Do ponto de vista corporal, enquanto diz que solicitou, oficialmente, sua mão direita faz o gesto similar ao que assina um ofício, indicando que realmente solicitou as informações ao Supremo. Porém, até o Pronunciamento, não havia recebido nada.

01’02” – Traz um assunto desnecessário e fora do contexto, saindo dos limites do seu pronunciamento ao falar:

” o meu governo viveu, nesta semana, seu melhor e seu pior momento. Os indicadores de queda da inflação….”

A técnica diz que um depoimento ou pronunciamento deve apenas falar do fato principal e não de situações fora de contexto.

01’40” – Apresenta Expressão Facial de descaso (puxa a boca para o lado direito) ao final da seguinte frase:

“E as reformas avançavam no Congresso Nacional”. Será que realmente ele está contente com o avanço das Reformas?

01’43” – 02’03” – Ao dizer:

“Ontem, contudo, a revelação de conversa gravada clandestinamente trouxe de volta o fantasma de crise política de proporção ainda não dimensionada”.

Do ponto de vista verbal, Temer coloca culpa pela crise na gravação clandestina e não no ato que cometeu. Aliás, dá uma ênfase muito forte no fato de ser clandestina, o que não seria necessário, exceto se o objetivo dele seria dissimular.

A pergunta que não quer calar é: se não tivesse envolvimento, ele estaria colocando em sua prioridade de discurso o fato da gravação ser clandestina ou o fato dele ser inocente? O que deveria vir primeiro no seu discurso?

Do ponto de vista facial apresentou expressão de raiva (fazendo levemente um “bico”) e tencionando suas sobrancelhas para baixo quando proferiu a palavra “clandestinamente”.

Quando disse: “de crise política”, pressionou seus lábios como uma forma inconsciente de dizer: “Agora que o Governo estava melhorando”.

02’35” – Quando Temer diz: “Não solicitei que isso acontecesse”. Ao invés de sua cabeça acenar de maneira negativa, acena de maneira positiva, ou seja, contrariando seu discurso.

Da mesma forma, aos 02’56” sua cabeça o contrariou novamente, acenando de maneira positiva quando disse:

“Não comprei o silêncio de ninguém” além de pressionar seu lábios como uma forma de raiva contida com a situação. […]

Por fim aos 04’47” encerra o seu discurso cerrando os dois punhos por duas vezes como uma forma inconsciente de indicar a todos que lutará para permanecer na Presidência. (Grifos do autor).

Leia a análise completa aqui.

Mario também fez uma análise do segundo Pronunciamento de Michel Temer sobre o assunto. Destacamos a seguir alguns trechos interessantes do ponto de vista da análise da comunicação não-verbal:

Aos 5′:37″ – 5′:44′ O Presidente disse:

“Não se sustenta, portanto, a acusação pífia de corrupção passiva.” (passa a língua nos lábios).

Isso pode indicar diminuição do fluxo da saliva, o que leva ao ressecamento da boca. Em alguns casos é causado pelo baixo comprometimento com a verdade.

6′:44″ – 6′:48″ – Indicou dissimulação pelo movimento involuntário do seu ombro esquerdo, quando disse:

“Nada fiz para que ele obtivesse benesses do Governo (movimento do ombro).

O movimento involuntário do ombro geralmente é encontrado em discursos com baixo comprometimento com a verdade. Assista o vídeo editado desta parte aqui!

Aos 7′:03″ – 7′:12″ – “confesso que eu ouvi à noite como ouço muitos empresários, políticos, trabalhadores….” Neste momento indicou grande tensão, pois é o ponto quento do seu pronunciamento. Começou a esfregar as mãos como uma forma de dissipar a tensão do momento. (Grifos dou autor).

Acompanhe o perfil do Mario Júnior para manter-se informado sobre demais artigos relacionados a técnicas de entrevista!

E se você se interessa pela temática, participe do grupo Técnicas de Entrevista e Detecção de Dissimulação’ no LinkedIn.

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