Conheça a Lilian, psicóloga que já aplicou o PIR mais de mil vezes.
27 de outubro de 2017
O PIR – Potencial de Integridade Resiliente, nosso Teste de Integridade, já foi utilizado para entrevistar milhares de pessoas. A etapa mais esperada e reveladora do teste são as devolutivas para os participantes. Esta etapa, que acontece após a realização do teste, é sempre conduzida por um profissional especializado na ferramenta, atuante nas áreas de psicologia ou direito.
Esse é o caso da Lilian Cunha Alves, psicóloga formada há 7 anos, que atingiu a marca de mais de mil aplicações do PIR. Nós conversamos com ela para entender o feedback de quem já utilizou a ferramenta e, claro, as impressões de quem já conversou sobre integridade com mais de mil profissionais. Confira!
Como você se tornou especialista do PIR?
Eu nunca tinha trabalhado na área de Compliance. Quando conheci a S2, me apaixonei pela ideia de poder ajudar as pessoas a se conhecerem melhor e a se prepararem para lidar com dilemas éticos no seu dia a dia.
A minha seleção foi feita pela Alessandra Costa, sócia da S2, e a cada palavra dela eu pensava na oportunidade de poder orientar as pessoas no seu crescimento pessoal de uma maneira que nunca imaginei. O PIR, mais do que um teste, é uma ferramenta de educação ética e desenvolvimento individual.
No que o PIR é diferente das outras ferramentas de entrevista e testes que conhece?
O PIR não “carimba” a pessoa como sendo ética ou antiética. Ele mostra quais os pontos sensíveis a melhorar e que soluções podem ser buscadas por cada pessoa para se desenvolver nos aspectos com mais baixa resiliência.
É fácil teorizar sobre ser ético ou não ser, mas a maioria de nós não sabe como deveria agir frente a uma situação de fraude ou assédio, dentro de uma organização. Quando fazemos o PIR, somos expostos a dilemas de resolução complexa. É impossível “adivinhar” a melhor resposta ao teste, sendo necessário pensar como você agiria. Muitas vezes a pessoa imagina que estaria agindo da melhor maneira, quando na verdade não está. A experiência é muito real!
Como foi o processo para se tornar especialista na ferramenta?
Iniciei em 2015, após estudar muito a ferramenta, linguagem corporal, verbal e Compliance. A minha primeira etapa foi fazendo análise escrita da ferramenta e no início de 2017 passei a atuar também revisando as análises das demais especialistas.
Recentemente me desenvolvi para atuar na etapa da Devolutiva, que consiste em um encontro via Skype, onde dialogo com o participante e conduzo-os a refletir sobre suas respostas no PIR. Neste momento as pessoas têm a oportunidade de repensar as suas posturas e conceitos, com o objetivo de buscar agir de forma mais assertiva frente um dilema ético, e dentro do que a empresa espera delas.
Você já entrevistou mais de 1000 pessoas. O que você enxerga de mais importante na mudança do comportamento ético, graças à aplicação do PIR?
Gosto de ver as pessoas se darem conta das coisas, de dizerem que não haviam pensado por este ou aquele ângulo, de compreenderem a postura mais assertiva, aquela que está alinhada de forma consciente aos seus valores.
Também gosto de ver como as pessoas aproveitam a ferramenta para se conhecerem, para compreenderem o quão é difícil, por exemplo, contrapor um gestor antiético, entendendo que precisam estar preparadas para quando vierem a passar pelo dilema, saibam como agir.
Muitos de nós carregamos vícios organizacionais, que vão ao longo do tempo determinando nossas atitudes. Gosto de ver as pessoas percebendo isso e se diferenciando, internalizando a cultura da sua nova empresa. Gosto de trabalhar para dar segurança à pessoa, para que ela tenha certeza que sempre que agir de forma ética será respaldada pela sua empresa.
O que você já percebeu de mais interessante ou curioso na aplicação do PIR?
É interessante ver o quanto a pessoa, ao refletir sobre suas respostas, enxerga algumas limitações suas e descobre outras que não conhecia. Em certos momentos, conceitos antigos e não alinhados às boas práticas são desconstruídos, possibilitando que a pessoa amadureça, evolua.
Quais os principais benefícios que os profissionais de RH e Compliance com quem você conversa atribuem à aplicação do PIR?
O PIR tem uma função social muito importante, pois propicia autoconhecimento, contribuindo para o amadurecimento das pessoas, e por conseqüência, das empresas em que estas estão inseridas. Os principais contributos que esses profissionais enxergam no PIR são:
- ajuda na compreensão do que a empresa espera das pessoas, melhorando a comunicação.
- aumenta a confiança mútua entre a Organização e seus colaboradores.
- atua como ferramenta de reflexão sobre atitudes e o impacto delas no coletivo.