O que é e como aplicar o compliance na sua empresa
16 de maio de 2023
O compliance é uma prática que garante transparência, integridade e responsabilidade para os negócios. O termo tem se tornado cada vez mais importante nas empresas, já que impacta diretamente a gestão e os processos internos.
Nesse sentido, o principal objetivo do compliance é permitir que os empreendimentos funcionem em conformidade com as leis e organismos reguladores. Sem dúvidas, essa é a maneira que muitas companhias encontram para evitar problemas de corrupção e falhas na conduta dos colaboradores.
Acompanhe a seguir e entenda porquê praticar compliance é uma estratégia essencial para os negócios de diferentes setores!
O que é compliance para empresas?
No ambiente de trabalho, o compliance representa um conjunto de medidas e procedimentos para evitar, detectar e prevenir a ocorrência de irregularidades, fraudes e corrupção. Ou seja, o conceito tem relação direta com a integridade empresarial e com os controles internos da governança corporativa.
As regras podem variar de acordo com as atividades desenvolvidas por cada tipo de negócio, podendo envolver obrigações trabalhistas, fiscais, regulatórias, entre outras.
Com isso, é possível estabelecer uma cultura organizacional mais eficiente e abrir o caminho para um crescimento sustentável.
Qual o papel do compliance nas empresas?
Antes de mais nada o compliance, quando aplicado nas empresas, serve principalmente para criar normas e procedimentos, tanto internos quanto externos. Dessa forma, garante que as operações corporativas estejam de acordo com a lei vigente e com os objetivos do empreendimento.
Além disso, a prática de compliance também pode auxiliar a:
- Identificar problemas na rotina empresarial;
- Prevenir o negócio de possíveis riscos de descumprimento da lei;
- Detectar fraudes por meio de auditorias;
- Desenvolver uma cultura organizacional baseada em regras e procedimentos internos;
- Estabelecer normas e padrões técnicos para a execução dos processos;
- Adequar as leis ao cotidiano da organização;
- Aumentar a credibilidade da empresa no mercado.
10 maiores benefícios do compliance para empresas
Nos ambientes de trabalho, a ausência de ética e transparência acaba gerando reações e efeitos indesejados.
O compliance, portanto, é uma estratégia que pode auxiliar a proteger as empresas dos danos em potencial causados pela falta de processos em conformidade, trazendo uma série de benefícios.
Veja alguns dos principais a seguir!
- Delimita prática e ações alinhadas aos valores do empreendimento;
- Preserva a integridade civil e criminal;
- Identifica riscos;
- Aumenta a eficiência e produtividade da empresa;
- Gera vantagem competitiva;
- Transforma a cultura organizacional de forma positiva;
- Melhora a governança;
- Auxilia a corrigir ações de não conformidade;
- Melhora a reputação do empreendimento;
- Atrai investidores e investimentos para a marca.
Conheça todos os pilares do compliance
Para funcionar em conformidade, as empresas que praticam compliance devem se sustentar nos principais pilares do conceito. Veja:
- Suporte da alta administração;
- Avaliação de riscos;
- Criação de código de conduta e políticas de compliance;
- Adoção de controles internos;
- Realização de treinamentos e melhora da comunicação;
- Criação de canais de denúncia;
- Investigação de comportamento antiético ou ilegal;
- Avaliação do histórico e das práticas de todos os relacionamentos da companhia, como funcionários, fornecedores e parceiros;
- Monitoramento constante dos resultados e auditoria;
- Promoção da diversidade e inclusão.
Quais os tipos de compliance?
Diferentes empresas e setores passaram a adotar as práticas de compliance em suas rotinas. Por isso, atualmente, existem os seguintes tipos de compliance:
- Tributário: garante a conformidade perante a legislação tributária;
- Empresarial: mantém as companhias em conformidade com as regras legais e boas práticas;
- Fiscal: adequa as organizações às normas fiscais vigentes;
- Trabalhista: assegura o cumprimento das leis, dos acordos coletivos e dos planos de cargos e carreiras;
- Socioambiental: garante a conformidade com as normas ambientais e desenvolve políticas que valorizam a comunidade local.
LGPD e compliance: veja o impacto da lei no programa
A LGPD é uma regulamentação corporativa que visa fortalecer as diretrizes de proteção aos dados pessoais pelas organizações. Em vigor desde 2020, a LGPD exige uma completa transformação das empresas em direção a um compliance de segurança da informação.
Ao passo que, o não cumprimento das obrigações pode gerar sanções administrativas, encerramento das atividades e multas. Com a LGPD, portanto, as companhias devem desenvolver políticas internas e uma gestão que se preocupa com a proteção de dados.
Quais as relações entre a governança corporativa e compliance?
A governança corporativa ajuda a garantir que as empresas estejam em conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis. Ou seja, a estratégia auxilia a criar uma cultura ética e responsável, fornecendo mecanismos para fortalecer a estrutura do negócio.
Por isso, a governança corporativa é considerada uma verdadeira aliada do compliance. Com uma gestão focada em boas práticas, por exemplo, as companhias conseguem se manter competitivas em seu mercado de atuação.
Gestão de riscos e compliance: entenda as diferenças
A gestão de riscos é uma prática que ajuda a prevenir erros dentro das organizações. Ela consiste, portanto, em uma ação preditiva e em estratégias específicas voltadas para a correção de falhas que podem comprometer os negócios.
O compliance, por outro lado, é voltado para a conformidade com as leis e normas, e tem uma atuação relacionada ao cumprimento das regras. Portanto, a diferença entre os dois conceitos se dá no foco e na maneira como atuam. Mesmo assim, ambos podem ser utilizados em conjunto.
Analista compliance: quando contratar um para minha empresa?
O analista de compliance é um profissional que conta com um alto nível de aprofundamento técnico e competências comportamentais.
Seu perfil de trabalho contribui para a implementação e gestão de todas as práticas de compliance nas empresas.
A contratação desse colaborador especializado deve ser uma das prioridades de toda companhia.
Até porque ele age sempre respeitando as condutas éticas e fica responsável pelo gerenciamento das políticas, procedimentos, controles internos e monitoramento do programa de compliance.
7 dicas para aplicar o compliance nas empresas
Primeiramente, tanto pequenas quanto médias e grandes empresas podem adotar as práticas de compliance na rotina corporativa e ter, como retorno, todos os seus benefícios.
Veja as nossas dicas sobre o assunto a seguir:
- Avaliar os potenciais riscos que o negócio corre;
- Criar canais de denúncia anônimos;
- Envolver todos os colaboradores;
- Contar com tarefas bem definidas e ferramentas que garantam a eficiência;
- Investir em tecnologia para evitar fraudes, corrupção e desvios;
- Estimular uma cultura organizacional ética;
- Monitorar os processos frequentemente.
Quais as maiores dificuldades do compliance?
Nas etapas de elaboração e efetivação de um programa de compliance, é comum que uma série de desafios apareçam. Veja:
- Dificuldade para gerenciar riscos;
- Falta de recursos para implementar um setor específico de compliance;
- Pouco envolvimento da equipe de profissionais;
- Falhas no monitoramento;
- Ineficiência do canal de denúncias.
Como o PIR pode impactar na aplicação do compliance nas empresas?
O PIR é um teste que mede o potencial de integridade resiliente, diante de dilemas éticos, identificando gatilhos comportamentais que levam os profissionais a cometerem atos antiéticos e ações inadequadas.
Com o PIR, os gestores podem dar preferência na contratação de colaboradores com princípios e valores éticos. O teste, portanto, é uma ferramenta que pode auxiliar significativamente no alcance dos objetivos das ações de compliance.
Vimos que as práticas de compliance são fundamentais para manter a competitividade e a credibilidade das companhias no mercado.
Para auxiliar na implementação das boas práticas e no cumprimento do compliance, a indicação é que os gestores adotem o teste de integridade nos processos seletivos da organização.