Qual será o futuro do trabalho remoto?
29 de novembro de 2024
O trabalho remoto era raramente aplicado, mas ganhou força na pandemia, por uma questão de necessidade. Atualmente, mais do que uma ação de ajuste, ele se tornou um estilo de trabalho, que conquista profissionais, mas nem sempre as empresas.
Neste post, entenda quais são as perspectivas do chamado home office e por que ele pode ser muito vantajoso. Boa leitura!
Quais são as perspectivas para o trabalho remoto?
Quando se trata de trabalho, o cenário atual é amplo, mas existem tendências que apontam um retorno ao “modelo anterior”. É o que se percebe com grandes corporações, que estão retornando ao trabalho presencial ou híbrido.
A mais recente, foi a Amazon, que a partir de 2 de janeiro estabeleceu o retorno dos colaboradores ao escritório. Mas além dela, empresas como Google, Apple e Disney. No Brasil, não é muito diferente.
Segundo pesquisa de maio de 2024, da empresa de estágios Start Carreiras, para a revista Veja, as vagas remotas estão diminuindo. Na época, correspondiam a 15,6%, número que diminuiu, em comparação a outubro de 2023, quando era 22,8%. Quanto às vagas presenciais, foram de 37,3% para 56,5%.
Indo ao contrário da tendência, está a defesa do trabalho remoto. Já em 2019, segundo reportagem da Revista Galileu, a pesquisa Hábitos do Trabalho, desenvolvida pelas empresas Ipsos e Alelo, apontou que, entre 1.518 entrevistados, 97% achavam a modalidade como ideal para se trabalhar. As razões incluíam conforto, qualidade de vida e produtividade.
Tanto que isso se tornou discussão durante a pandemia, quando muitas pessoas experimentaram o modelo e descobriram que podiam realizar o trabalho, sem enfrentar a rotina de escritório e seus trajetos demorados. Aliás, alguns profissionais, especialmente os autônomos, até adotaram o estilo de vida de nômade digital, viajando enquanto trabalham.
No entanto, essa realidade não alcança a todas as empresas e colaboradores. Inclusive, o futuro do trabalho é discutido de forma mais ampla, especialmente com a jornada 4×3, que é uma tendência para o futuro, prevista por empresas como a Gartner. No Brasil, ela se tornou assunto pela PEC, que pede o fim da escala 6×1 e ainda está em discussão.
Por que adotar o trabalho remoto é vantajoso?
Com o atual cenário, ninguém sabe ainda os rumos que o trabalho remoto e as escalas de trabalho tomarão no país.
Porém, é certo que os modelos podem ser analisados, a fim de que as empresas que ainda não aplicam, possam conhecer melhor as vantagens. No caso do home office, confira algumas delas!
Saúde mental
A saúde mental vem sendo muito valorizada nos últimos anos, especialmente depois de vários casos de Burnout. Assim, profissionais apontam que o home office os deixam mais produtivos e relaxados, pois podem trabalhar sem o desgaste do deslocamento.
Inclusive, quem tem liberdade de horário, consegue render mais, trabalhando no momento em que é mais conveniente.
Menos custos
Quando os funcionários não frequentam a empresa, ainda que ela ofereça ajuda de custo home office, é possível economizar bastante com custos como vale transporte, energia, alimentação, etc. Assim, é indicado que cada empresa faça as contas, para definir o quanto poderia poupar com o modelo remoto.
Mais liberdade
Se a empresa pode estipular o trabalho, sem a exigência de uma carga horária rígida, o colaborador se sente mais livre para exercer as suas funções. É claro que isso dependerá do trabalho e cargo realizado, mas quando é possível, a pessoa pode fazer escolhas e se tornar mais produtiva.
Por exemplo, se a pessoa deseja começar o trabalho mais cedo e sair mais cedo, pode encontrar horários livres para se dedicar a projetos e lazer, o que auxilia no equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Maior produtividade
A questão da produtividade não é uma regra e vai variar de empresa para empresa. Porém, o trabalho a distância pode ser um fator que facilita o aumento da produtividade, já que a pessoa trabalha mais focada e descansada, evitando o esgotamento.
O trabalho remoto foi adotado por necessidade, mas se tornou muito valorizado. No entanto, hoje há uma tendência de voltar ao presencial. Porém, ela pode não ser a melhor escolha. Afinal, favorece o turnover, a insatisfação, além do esgotamento de quem precisa ir e voltar perdendo tempo; o que prejudica a saúde mental e também leva a afastamentos. Assim, vale a pena considerar o home office, ou o modelo híbrido, como opção para equilibrar as necessidades da empresa e de seus colaboradores.