Os gatilhos comportamentais são estímulos inconscientes do cérebro que podem induzir as pessoas a tomarem determinadas ações. É fundamental que os recrutadores conheçam o conceito e quais são as principais maneiras de identificar gatilhos nos candidatos às vagas de trabalho.

Quando esse tipo de risco não é gerenciado pela empresa, os colaboradores podem ser impactados negativamente. Isso porque há maiores chances que ocorram alguns dilemas éticos, como assédio moral e verbal, discriminação, fraudes, suborno e corrupção. 

Quer entender qual a importância de conhecer os gatilhos comportamentais e como avaliá-los com mais assertividade na companhia? Acompanhe a seguir e confira mais sobre o assunto!

O que são gatilhos comportamentais?

A princípio, o gatilho comportamental é uma resposta mental que envolve emoções, pensamentos e ações específicas, geralmente conectado a experiências passadas. Os gatilhos podem ser tanto negativos quanto positivos, e remetem sempre a momentos que já aconteceram.

Situações traumáticas, por exemplo, podem ficar gravadas no subconsciente, fazendo com que a pessoa lide com isso durante toda a vida. Os gatilhos são extremamente particulares e, muitas vezes, podem ser difíceis de detectar.

Qual a diferença entre gatilhos comportamentais, mentais e emocionais?

Os gatilhos podem ser classificados em: comportamentais, mentais e emocionais. No entanto, cada um deles provoca uma reação específica nas pessoas. Veja:

• Gatilhos comportamentais: são estímulos que mexem com o inconsciente do cérebro, influenciando de forma direta como nos relacionamos, tomamos decisões e atuamos no mundo;
• Gatilhos mentais: funcionam como despertadores de sentimentos, permitindo que a pessoa resgate lembranças ou sensações experimentadas no passado;
• Gatilhos emocionais: podem ser pessoas, palavras, opiniões ou situações que desencadeiam uma reação emocional intensa, como raiva, tristeza, ansiedade e medo.

Qual a importância de observar gatilhos comportamentais em candidatos?

Identificar os gatilhos comportamentais nem sempre é uma tarefa simples, como vimos no tópico anterior. No entanto, esse é um passo fundamental para os recrutadores que estão em busca de novos candidatos e profissionais para compor a equipe de trabalho. 

Estudar o comportamento dos colaboradores é essencial para compor ótimos times. 

Auxiliando a empresa a contar com pessoas mais alinhadas aos valores e cultura do empreendimento. 

Dessa forma, conhecer os gatilhos também é uma forma de compreender mais a fundo o perfil dos profissionais. O que aumenta a chance de contratações mais promissoras e eficientes. 

A relação entre gatilhos e desvios comportamentais

Um dos grandes perigos dos gatilhos comportamentais é que praticamente qualquer coisa pode desencadeá-los e gerar desvios nos funcionários. 

Os gatilhos podem ser, por exemplo, palavras, opiniões ou situações que provocam uma reação emocional intensa e excessiva.

Como resultado, a pessoa pode sentir raiva, tristeza e medo, a partir de suas crenças, valores e das experiências anteriores que viveu. 

Um tom de voz diferente ou uma frase usada no dia a dia, portanto, podem desencadear atitudes que interferem no bom convívio e comunicação.

5 benefícios de analisar gatilhos comportamentais

De antemão, tendo em vista a complexidade dos gatilhos comportamentais, nem sempre é fácil evitar a exposição a eles no cotidiano de trabalho. 

No entanto, como geralmente eles estão relacionados a traumas internos, as consequências podem ser preocupantes. 

É importante tomar cuidados e assegurar boas condições no ambiente organizacional para preservar os profissionais do desgaste mental. 

Veja, a seguir, quais são os principais benefícios de analisar os gatilhos:

1. Aumenta a motivação e o engajamento entre os colaboradores;
2. Proporciona equipes de alta performance;
3. Melhora a cultura organizacional e facilita a seleção de profissionais alinhados;
4. Gera autoconhecimento para corrigir falhas e aperfeiçoar o desempenho;
5. Reduz a rotatividade na empresa e aumenta a retenção de bons talentos.

Quais os tipos de gatilhos comportamentais?

Os gatilhos comportamentais, como vimos, representam técnicas altamente eficazes para compreender porque as pessoas agem de determinada maneira. 

Eles são recursos da própria natureza humana para facilitar a tomada de decisões.

Nesse sentido, os gatilhos têm muita relação com a cultura, as relações sociais e as necessidades mais básicas de cada indivíduo. 

Mesmo que sejam prejudiciais em alguma medida, os gatilhos comportamentais também são usados para potencializar o desenvolvimento dos profissionais. 

Confira, a seguir, quais são os principais tipos de gatilhos comportamentais existentes:

• Reciprocidade: sua ação está no fato de recompensar a pessoa por algo que ela tenha feito de positivo e que gerou um valor importante para o trabalho que desempenha;
• Escassez: atua no sentido de que é preciso tomar decisões para que algumas oportunidades não sejam perdidas;
• Novidade: desperta a ideia de que o novo é melhor do que o antigo, podendo ser usado para gerar inovações para o dia a dia de trabalho;
• Prova social: atua na necessidade de que as pessoas têm de pertencer a algo ou a algum grupo;
• Confiança: ajuda a construir uma relação sólida que gera crescimento e evolução profissional.

Como analisar os gatilhos comportamentais durante as entrevistas?

O processo de recrutamento e seleção é uma etapa muito importante e, por isso, deve ser bem planejada pela gestão de Recursos Humanos. 

Os empregadores, nesse caso, precisam criar um cronograma de ações que contemple a identificação do perfil comportamental dos candidatos.

No momento da entrevista, por exemplo, podem ser feitas uma série de perguntas e diferentes tipos de testes para realizar uma seleção mais assertiva. 

Para isso, muitas empresas adotam o PIR (Potencial de Integridade Resiliente), que detecta gatilhos comportamentais e previne dilemas éticos na companhia.

O PIR é um questionário, baseado em evidências e estudos da Psicologia, que identifica como é o comportamento moral dos profissionais. 

Por meio da coleta e análise de dados, é possível prever como os indivíduos se comportam diante das mais diferentes situações.

O resultado do teste avalia, por exemplo, a linguagem corporal, as expressões e, também, possíveis incoerências com as informações descritas no currículo. 

Além de contribuir para o processos seletivo, o PIR ainda auxilia gestores e líderes na elaboração de ações de fortalecimento da cultura organizacional.

Isso porque o teste orienta qual a melhor maneira de se comportar diante de conflitos éticos no ambiente de trabalho. A metodologia PIR mapeia padrões e tendências que proporcionam riscos, como fraude, suborno e diferentes tipos de assédios.

Inserir H2: Conheça um pouco mais sobre o teste de integridade para empresas

Sem dúvidas, uma das formas mais eficazes de avaliar e identificar os gatilhos comportamentais nos profissionais é adotando o PIR nos programas de recrutamento. Uma empresa que conta com funcionários íntegros e alinhados, tem mais chances de ter bons resultados.

Tenha em mente que problemas éticos podem influenciar negativamente e manchar a reputação da companhia. Por isso, é fundamental dar preferência a candidatos com os mesmos princípios e valores morais. 

O teste de integridade, como vimos, é uma estratégia que mantém a saúde organizacional, cultural, financeira e da imagem do negócio.

 

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