Discriminação: como combatê-la no trabalho?
13 de dezembro de 2023
Você sabe quais são os comportamentos e atitudes que levam à discriminação no trabalho? A situação é altamente prejudicial para a cultura organizacional das empresas e também para o bem-estar de quem sofre o preconceito.
Portanto, em situações como essa, é fundamental que a companhia mantenha um posicionamento adequado em relação a má conduta.
O primeiro passo é ter uma boa comunicação e diálogos com a equipe de profissionais para prevenir o surgimento de conflitos na rotina corporativa.
Acompanhe a seguir e entenda como combater a discriminação no ambiente de trabalho e como promover um espaço profissional mais diversificado e inclusivo!
O que é discriminação no trabalho?
Em contexto corporativo, a discriminação consiste em atos e atitudes preconceituosas que ameaçam o bem-estar e a integridade dos colaboradores. A discriminação, nesse caso, pode ser de:
- Gênero;
- Religião;
- Raça e etnia;
- Classe social;
- Orientação sexual;
- Nacionalidade;
- Idade;
- Deficiência física e/ou mental;
- Estado civil.
Por isso, para combater o problema no cotidiano, a organização precisa desenvolver ações de combate a qualquer tipo de discriminação no trabalho.
Inclusive, a equipe responsável pela gestão de pessoas tem um importante papel nesse processo, visto que deve promover estratégias que contribuam para a redução dos casos.
Quais os tipos de discriminação no trabalho?
Como citamos, a discriminação no ambiente de trabalho sempre pretende desqualificar ou estigmatizar os profissionais.
São situações vexatórias e desfavoráveis, que são geralmente alimentadas por estereótipos e preconceitos de alguns funcionários.
As condutas ilegais são classificadas em dois tipos principais, como:
- Discriminação direta: é a mais frequente e refere-se ao tratamento desrespeitoso de colaboradores em relação a outros, com base em determinadas características pessoais;
- Discriminação indireta: ocorre quando a política ou as práticas da empresa são discriminatórias com alguns profissionais.
Como identificar e combater a discriminação no ambiente de trabalho?
As organizações são as principais responsáveis por manter um ambiente de trabalho harmonioso e saudável para todos.
É preciso, por exemplo, que gestores e líderes se posicionem contra qualquer ato discriminatório e, também, que incluam ações favoráveis à diversidade e inclusão na rotina.
Para tanto, o RH precisa, antes de tudo, identificar quem são os colaboradores que estão atuando de forma discriminatória e aplicar advertências quando necessário.
Felizmente, existem diversas estratégias que podem ajudar no combate contra a situação no espaço profissional. Veja a seguir!
- Criar uma cultura organizacional intolerante a comportamentos nocivos e prejudiciais;
- Criar políticas de inclusão e valorização da diversidade;
- Estabelecer um código de conduta;
- Promover diálogos frequentes sobre o assunto;
- Manter uma comunicação assertiva para estabelecer uma relação de confiança com os colaboradores;
- Posicionar-se de maneira clara diante de qualquer tipo de ato discriminatório e comportamentos tóxicos.
Impactos da discriminação nas equipes e na cultura organizacional
Ser alvo de discriminação pode levar o profissional a uma série de consequências graves que afetam o seu bem-estar emocional e psicológico.
A cultura organizacional, da mesma forma, também é abalada, principalmente pela redução de produtividade e pelo alto índice de turnover.
Confira mais a seguir:
- Leva ao estresse, ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental, prejudicando o desempenho profissional e a qualidade de vida;
- Afeta o engajamento e a produtividade da equipe, resultando em baixo rendimento e menor eficiência nas atividades corporativas;
- Alta rotação de talentos, sobretudo os mais qualificados;
- Repercussões negativas na imagem e reputação da companhia, levando à perda de clientes e investidores, além de impactos financeiros significativos;
- Processos trabalhistas e judiciais que abalam a credibilidade da empresa no mercado;
- Comportamentos tóxicos e nocivos que afetam o clima e o convívio entre os colaboradores.
O que a lei diz sobre discriminação no trabalho?
A Constituição Federal estabelece a igualdade de todas as pessoas perante a lei, garantindo o direito à vida, à liberdade e à segurança.
Ou seja, qualquer forma de discriminação é contrária aos princípios fundamentais definidos pela legislação brasileira.
Da mesma forma, as leis trabalhistas também proíbem discriminação no ambiente de trabalho, além de apresentar os direitos e garantias essenciais para os profissionais.
Inclusive, a lei n.º 9.029/1995 veda qualquer prática preconceituosa por motivo de orientação sexual, origem, raça, cor, estado civil, entre outros.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ainda prevê multa e penalidades por atos discriminatórios nos espaços corporativos. No pior dos casos, a discriminação ainda pode ser considerada assédio moral, gerando às vítimas o direito à indenização.
Papel do RH no combate à discriminação
O principal papel do departamento de Recursos Humanos (RH) é realizar uma gestão de pessoas de qualidade.
Portanto, é essencial que o RH lidere ações e iniciativas de combate a qualquer tipo de discriminação e preconceito dentro da organização.
É importante, por exemplo, que a equipe não tolere brincadeiras consideradas inofensivas e atos que não contribuem para a promoção da diversidade e equidade entre os profissionais.
Para tanto, é fundamental que a cultura organizacional esteja baseada em um conjunto de valores morais e princípios éticos.
Nesse caso, o setor de RH pode estabelecer a diversidade em todos os âmbitos, criando políticas e diretrizes para garantir que o ambiente de trabalho não tenha espaço para a discriminação.
Como o PIR ajuda a evitar esse tipo de problema?
O Teste de Integridade, também chamado de PIR, é uma ferramenta eficiente para evitar casos de discriminação no trabalho.
Com ele, o departamento de RH consegue avaliar o comportamento dos colaboradores e, com isso, reduzir as possibilidades de condutas que não estejam de acordo com os valores da empresa.
A avaliação proposta pelo Teste de Integridade também favorece a contratação de profissionais com perfil ético semelhante ao do negócio.
Além disso, o PIR ajuda a detectar padrões e tendências que demonstram riscos ou problemas de integridade ética nos candidatos.
Ao aplicar o teste, portanto, as companhias são beneficiadas de inúmeras formas, como:
- Decisões mais precisas;
- Melhoria na imagem e reputação do negócio;
- Clima organizacional mais agradável e saudável;
- Colaboradores alinhados a conduta da empresa;
- Redução de fraudes;
- Prevenção de comportamentos inadequadas;
- Fortalecimento da cultura organizacional e do compliance.
Como vimos, a discriminação no trabalho é uma situação que impõe muitos desafios, mas também muita proatividade do RH.
Antes de tudo, é preciso desenvolver e priorizar estratégias para prevenir atitudes desagradáveis e ações que assegurem o bem-estar de todos os profissionais.